Data Vênia: outro mundo é possível!

Editor Responsável:
Raul Ferreira Bártholo
raulbartholo@gmail.com

AO DEBATE ABERTO

Pois queremos contribuir para uma universidade ainda melhor. Sem dúvida a UNICAMP sempre foi considerada uma das grandes universidades brasileiras, apesar dos narizes empinados pelos corredores - homenagem à razão suficiente. Sendo resto, pompas e ironias marcadas pela própria jovialidade flutuante no tempo. Quanto ao meio, antes de sua instalação conheci Campinas - 1958 - cidade provinciana de 180 mil habitantes. Honrado pela nomeação, anos depois fui humilde professor de "Resistencia dos Materiais" no CTIC/COTUCA - modesta unidade de aplicação. Crítico, dentro do tradicionalismo acadêmico campinense, sentia , porém, o conservadorismo universitário: solene, leonino predominante. No caso, ostentado pelos "brazões heráldicos" da PUC - onde aliás, depois fui também teimoso professor. Enfim, para o bem e para o mal, Campinas pouco mudou - senão de tamanho e expectativas. Na verdade, o quadro crítico das demandas desde os sistemas urbanos pouco mudou. Porém, mais aprendi. Principalmente, poder firmado de palavra altiva. E na esfera pública, pela razão final sustentada ao presente, ver emudecida a própria UNICAMP . Principalmente entre os mestres, a amar a verdade. E depois, no debate aberto, exigi-la. E a por ela lutar.

domingo, 27 de maio de 2007

Em favor de uma universidade experimentalista, crítica e prospectiva

Para melhor examinarmos o papel revisor das universidades a partir do modelo da própria UNICAMP duvido que hoje seja possível à alta direção dessa universidade ter coragem de repetir as mesmas desculpas esfarrapadas então apresentadas à justiça para tentar justificar a demissão coletiva de 8 professores - sob influência do autoritarismo reinante na época. Como soe acontecer demonstrado pelos fatos, autoritarismo então vigente - avesso à critica e denúncia de mazelas sob jurisdição (1980) . Pois apesar das restrições habituais à liberdade de crítica e expressão do pensamento extra-muros sempre guardadas sob constrangimento ético e pessoal, éramos professores e críticos inconformados com os desvios educacionais então denunciados. E ante ouvidos moucos intramuros, fomos indignados e imaturos signatários de representação ao Reitor e, nota pública distribuida à imprensa. Tudo no entanto desconsiderado sem exame de mérito e, sem outra resposta senão a demissão por alegada "insubordinação". Absurdamente acusados até de fazermos reuniões grupais para trabalho contestatório ..."moto próprio, à margem da direção". Pois na verdade denunciávamos desvios de finalidade, falsidade ideológica, favorecimentos e corrupção educacional - modos e meios - lamentavelmente então promovidos pela diretoria do CTI/COTUCA.

Para sanar qualquer dúvida, público aqui os termos constantes no Diário Oficial relativos à contratação inicial em papel timbrado da própria universidade (clique aqui para ver), a carta encaminhada sob protocolo à Reitoria de então (clique aqui para ver) e, a motivadora nota à imprensa na época distribuida. Apesar da imaturidade havida no ato da publicação considerada no tempo, até hoje, pelo mérito, são documentos a espera de melhor resposta (clique aqui para ver).

Tratou-se à época de processo exemplar e intimidatório para professores remanescentes: indutor de postura submissa. Aliás, flagrantemente recheado pelas apressadas alegações oficiais eivadas de inconsistência e a mais denunciar os próprios desvios; cuja injustiça quanto ao mérito foi finalmente reconhecida pelo Poder Judiciário - com ganho de causa pelos professores - patente, o arbítrio autoritário consumado. Fato na época consignado sob registros e protestos pela imprensa ante uma UNICAMP emudecida - razões finais contrárias e mérito assim reconhecidos na esfera pública; pelas quais, diante da ausência do reparo maior inutilmente indicado pela ADUNICAMP/ASSUC ao submisso CONSUN da época - torna irrisória a indenização apenas monetária. Evidentemente aqui, além da homenagem à Secretária da Comissão de averiguações, Sra. Roseli Pagano pela fidelidade e exatidão depoimento tomado a termo (clicar aqui para ver) , se homenageia também o Prof. Hermano Tavares - então relator. E demais professores por ele nominados. Pois a ausência desse reparo maior sempre tornou insuficiente o valor indenizado - apenas pecúnia.

E por oportuno lembrar - conduta pessoal mantida - desde esses fatos passados e pela vida e luta continuada, jamais, em nenhum momento o Prof. Hemano Tavares foi procurado para tratar desse assunto - quando Reitor: pois ele decerto se reconheceria em cópia do próprio relatório. E jamais, sob pena de outras razões, se considerou apropriado tal oportunismo. Aliás sobre a indenização cujo valor UNICAMP foi condenada, cumpre ainda acrescentar: não toquei em um centavo até a presente data. E jamais tive maior interesse por isso quanto os próprios advogados, consignados pelo registro feito na própria OAB - também chamada à lide. Ou seja, pelo Direito histórico restante - ainda a reafirmar. E para conhecer o processo honroso relativo aos advogados vitoriosos - mérito revisto. No caso, somenos pelo indenizado. Ou deixado de indenizar.

Tais fatos, são aqui lembrados para resgatar a indisposição quanto a revisões sobre teorias e valores manifestadas pela Coordenadoria de Pós Graduação do IE - Instituto de Economia - agregado sob pressuposto às teses desenvolvimentistas, convidado a transcender. E estatutariamente, para cumprir o próprio sentido da universidade e seu papel instrumental e transformador da sociedade. Principalmente pelo caráter prospectivo, experimentalista, crítico e revisor.


Em busca da transcendência

No mais, ante mazelas do presente consignadas diante desse pequeno e tortuoso exemplo e, pela história restante em consequência, cumpre assinalar revisões já efetuadas sobre teorias e valores a firmarem novos estados de consciência, caminhos e propósitos em historiografia. E pelos novos fatores de indução a acrescentarem contribuição à Teoria do Desenvolvimento - a UNICAMP hoje se torna convidada rever posições diante do cumprimento de disposições estatutárias originais - aliás, Artigos numeralmente lembrados em carta anterior - resposta ao fulcro evasivo do Ofício GR Nº 549/2004 então recebido como primeira resposta da UNICAMP relativa ao assunto. Pois solicitava-se a contribuição revisora dessa universidade à Teoria do Desenvolvimento pelo projeto e aplicação - objeto de considerações nos termos da primeiro Carta - Aberta - protocolada junto à Reitoria (25 de novembro de 2004).

E hoje, depois, ainda pela última consignada (17/10/2005).

Esta, de modo especial refere-se aos Estatutos do cogitado Instituto para Desenvolvimento da Engenharia Econômica, Histórica e Ambiental - IDEEHIA, embrião de Universidade crítica e prospectiva especializada por campo de saber (LDB - Art. 53; Inciso III - Parágrfo Único), cogitada também no bojo do Projeto Ambiental de Inconfidentes - objeto de Carta Aberta aos professores da EAFI - Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes. E ainda por motivações de ordem ética - desde a nascença agregadas ao projeto: para solicitar exame, crítica e publicação do artigo reclamado pelo Sr. Coordenador de Pós Graduação do Instituto de Economia. Artigo, retrato do presente, a versar sobre a surpreendente inexistência de Código de Ética para os Economistas - fato então constatado. Pois foi reparada tal ausência desde o site do COFECON. E também ausente na biblioteca do IE (Protocolo último: Reitoria, (1 7/10/2005).

Para reiterar intenções já consignadas sob Termo de Declarações à autoridade pública (clique aqui para ver), pequena biblioteca pessoal e documentos históricos foram também objeto de doação para acervo inicial conforme protocolo firmado junto à SPU - Secretaria do Patrimônio da União em 17/04/2006. Apenas por maior cautela pede-se à UNICAMP guarda sob custódia em centro de Documentação Histórica de dois pergaminhos do império necessitados de cuidados especiais . Decretos firmados por D. Pedro II (Selos do Império: 1858 e 1862 PSMIV)

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